segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Despesas em foco: CARRO

Plano de Contas - Despesas

Fazemos um controle rigoroso de nossa movimentação mensal, anotando absolutamente TUDO o que influencia nossos planos de independência financeira. No tocante às despesas, atualmente contamos com 10 categorias em nossa planilha: Alimentação, Apartamento, Carro, Educação, Empréstimos, Lar, Lazer, Pessoais, Saúde e Transporte, sendo que cada categoria se subdivide de acordo com os principais fatos geradores da despesa.

Automóvel

No exemplo de hoje apresentaremos a categoria Carro, já com a subdivisão que adotamos e com os valores relativos às despesas ao longo 2015:
Gastos com automóvel em 2015: comparação realizado X previsto

Combustível: a média mensal de R$361,58 superou um pouco a meta de R$350 que havíamos estabelecido no início do ano, mas acreditamos que é possível trabalharmos dentro desse mesmo valor em 2016, a despeito da forte alta ocorrida nos preços no segundo semestre de 2015. Não, não estamos loucos! Estamos apenas racionalizando ainda mais a utilização do veículo, de maneira a evitar a utilização em trajetos onde é possível dispensá-lo, por exemplo: a Sra Nazareno necessita mais do carro para se deslocar ao trabalho em função da distância (cerca de 25 Km ida e volta) e dos horários de entrada/saída.



R$10 agora: só no conta-gotas...

Neste ano, após um rearranjo em sua escala, conseguiu reduzir seus deslocamentos em 25%, passando para 3x/semana e só aí já será possível "economizar" cerca de 100 Km/mês. Além disso, meu trabalho fica próximo de onde moramos (cerca de 3,5 Km). Já tenho o costume de fazer caminhadas ou pedalar nesses trajetos, mas pra manter a rotina de almoçar em casa sempre que possível (grande privilégio!), acabava fazendo pelo menos um desses deslocamentos de carro, perfazendo uma média de 140 Km/mês. A partir deste ano mudei de setor no trabalho e pude adequar meu horário para entrar após o almoço (claro que pra isso passei a almoçar mais cedo).


Como assumi o compromisso de percorrer esse trajeto sempre a pé (35 min de boa caminhada!), esses 140 Km também passarão a ser "economizados". Assim, essa simples racionalização nos proporcionará um total de 240 Km a menos por mês, ou aproximadamente R$65. Se mantida a rotina do ano anterior a meta possivelmente seria alterada para R$400/mês mas, pelos motivos acima expostos, acreditamos ser possível ficar dentro dos R$350 com alguma folga.


Estacionamento/Pedágios: valor de R$34,23/mês dentro da normalidade. Temos garagens nos respectivos trabalhos e em casa, de maneira que os gastos ocorrem principalmente em passeios noturnos (quando o estacionamento particular custa mais caro...) e viagens. Para 2016 estimamos que essa despesa se mantenha dentro dos R$40/mês.


Impostos e Multas: o valor percebido em 2015 esteve abaixo do que realmente custaram impostos, taxas e multas do carro porque fizemos uma compensação com a restituição do IPVA do veículo anterior (R$600,60 - furto em 2014 e restituição em 2015).


"Imposto a mais, desvio a mais. E o benefício é um horror!"

O grande Djavan caprichou nessa letra!


Por outro lado, tivemos R$215,12 de gastos burros, que é como carinhosamente apelidamos as multas de trânsito. Desatenção custa caro... Para 2016 trabalhamos com uma estimativa de R$220/mês, ou R$2.640/ano (já pagamos os impostos e taxas deste ano e deixamos uma "folga" para eventuais multas).

Manutenção: o ideal seria que neste grupo estivessem apenas valores gastos com revisões e limpeza, mas infelizmente tivemos uma despesa extra de pouco mais de R$1.600 logo no início do ano. Como já escrito acima: desatenção custa caro, muito caro! O reparo total teria custado ainda mais, pois felizmente estávamos segurados e pagamos "apenas" o valor da franquia. De qualquer maneira, os R$221,29/mês ficaram longe dos R$84,37 planejados, sendo que para este ano estimamos uma despesa média de R$100/mês (sem mais acidentes, por favor!).


Seguro: aqui não tem pra onde fugir. Feitas as diversas cotações, não resta alternativa: se quer desfrutar do bem e dormir um pouco mais tranquilo, basta pagar a "bagatela" de pouco mais de R$2.100 e torcer pra nada de mal acontecer ao estimado "filhote" pra que não se perca o valioso "bônus" (está mais pra um pseudo-benefício, mas fingimos que acreditamos...).


E aí, arrisca ficar sem o seguro do carro?


Em 2015 o gasto médio foi de R$178,95/mês e acreditamos que deva ficar dentro dos R$170/mês (ou R$2.040) ao longo deste ano. Seguro é caro, mas o vemos como um mal necessário.


Realizado X Previsto

Comparando nossas estimativas para gastos com o automóvel aos valores efetivamente percebidos chegamos a consideráveis R$1.447,22 acima do previsto! A meta mensal de R$865 ficou em praticamente R$975 - R$110 a mais por mês principalmente por distrações no trânsito.


Presta atenção, rapaz!

Acho que aprendemos a lição: desatenção custa caro, muito caro!


Já pensou quanta coisa bacana poderia ter sido financiada apenas por esse dinheiro que escorreu pelo ralo? Olhando para outras categorias, notamos que esse "desperdício" é superior ao valor que gastamos em comemorações no mesmo período. Em 2015  gastamos R$1.302,91 em nossos três aniversários (o de casamento entra aqui também). Esse valor também cobriria nossos custos com energia elétrica, por exemplo, ou seria suficiente pra comprar um lote de 100 ações da WEG (cotação de fechamento em 22/01), mas preferimos comparar com um item de lazer porque acreditamos que o estímulo ao não cometimento de novos deslizes é maior.



O que esperamos para 2016

As metas individuais já foram expostas ao longo do texto. Agrupando-as, chegamos a uma despesa total prevista da ordem de R$10.560 com o carro em 2016 (R$880/mês), sendo que lutaremos bastante pra nos mantermos abaixo disso no ano.


Comparando com nossa base atual, isso equivale a uma redução aproximada de 9,7%.

Nada mau nesses tempos de inflação descontrolada.


E já que citamos Djavan, finalizamos com um pouco de sua excelente música para reflexão:

Imposto


IPVA, IPTU, CPMF forever. É tanto imposto que eu já nem sei!
ISS, ICMS, PIS e COFINS, pra nada. Integração Social, onde? Só se for no carnaval

Eles nem "tchum", mas tu paga tudo. São eles os senhores da vez.
Tu é comum, eles têm fundo pra acumular, com o respaldo da lei

Essa gente não quer nada, é praga sem precedente: gente que só sabe fazer por si
Tudo até parece claro à luz do dia, mas claro que é escuso

Não pense que é só isso, ainda tem a farra do I.R. Dinheiro demais!
Imposto a mais, desvio a mais. E o benefício é um horror

Estradas, hospitais, escolas... 
Tsunami a céu aberto. Não está certo.

Pra quem vai tanto dinheiro? Vai pro homem que recolhe o imposto
Pois o homem que recolhe o imposto é o impostor

"Tanto dinheiro vai pro homem que recolhe o imposto, pois o homem que recolhe o imposto é o impostor"


Até a próxima!


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Mais louco é quem me diz!
Fechamento e carteira 2015 / ideias para o blog

Recapitulando

No texto anterior abordamos os fatores que nos levaram a desenvolver uma planilha de orçamento doméstico personalizada, voltada às nossas necessidades e expectativas com relação ao futuro. Também apresentamos nosso quadro resumo, que é onde reunimos todas as principais informações do mês (orçamento previsto X realizado, valores a investir e saldo de contas correntes), além dos valores e percentuais aportados em cada categoria de investimento.

Comentamos, ainda, que há outras partes de nossa planilha que gostaríamos de compartilhar, tanto para ajudar aos que por ela se interessarem quanto para receber críticas e sugestões de melhoria. Dos primeiros comentários que recebemos (e gostamos muito!) surgiu a ideia de dedicarmos postagens exclusivas sobre orçamento doméstico, numa seção que chamaremos de "À Procura da Batida Planilha Perfeita" (leia o primeiro texto dela aqui!). Participe conosco!

Finalizamos com a proposta de apresentar um detalhamento sobre como chegamos ao final de 2015 com uma boa quantia em aportes, tendo iniciado o ano com apenas R$367,19 "investidos" em poupança, além de abordar nossas metas financeiras e de vida para 2016. Mãos à obra!


Mais louco é quem me diz

Nossa "contabilidade de casal" foi oficialmente implantada no início de 2013, quando passamos a registrar absolutamente TODA a nossa movimentação financeira de maneira coordenada e num único local, com total transparência.

Desde o início monitoramos todas as despesas, uma a uma, pois acreditamos que mais importante do que o "quanto se ganha" é o "quanto e COMO se gasta". Lá no blog d'Uó!, numa interessante postagem sobre "Gastos com Automóvel", o autor respondeu a um comentário nosso dizendo que "planilha tudo, até chicletes" (acesse o texto por aqui!), o que nos deixou bastante aliviados por perceber que não estamos sozinhos nessa. Aliás, é muito bom saber que há tanta gente aqui na blogosfera ligada nesse assunto! Provavelmente muitos de vocês já devem ter sido chamados de loucos por levar esse assunto tão a sério, possivelmente pelas mesmas pessoas que atribuem os fatores sorte ou avareza ao batalhado sucesso de cada um. Resumimos nosso pensamento com um trecho de música: "Mais louco é quem me diz... e não é feliz".

Na batalha pela Independência Financeira, cada centavo vale ouro! Fonte: Giphy
Adiante com nossos planos!


Enfim, sós!

O começo  "oficial" da vida a dois é um período de muito aprendizado. Felizmente, a cada dia constatávamos que tínhamos mais afinidades, implicando bons reflexos no plano financeiro.


Aproveitamos o primeiro ano de casados para "colocar a casa em ordem", quitando um empréstimo consignado que fizemos pra ajudar a cobrir os custos do casamento (montagem do apê, cerimônia, festa e afins, viagem de lua de mel...). Esse foi um período tão bacana que deixaremos pra aprofundar numa outra oportunidade, quando abordaremos nosso "orçamento matrimonial" (sim, temos tudo planilhado!) e os motivos que nos levaram a tomar o empréstimo, dentre outras curiosidades.

Nosso companheiro de viagens!
Entre 2014 e começo de 2015 aproveitamos pra realizar muitos sonhos antigos: estivemos no Rio de Janeiro, Floripa, Buenos Aires, Montevidéu, Lisboa, Porto, Coimbra, Madri (e arredores), Barcelona, Londres... Aproveitamos esse período também para trocar de carro... quanta coisa!
Ao longo do ano passado ainda encaramos uma reforma que consumiu boa parte de nossos recursos e de nossas energias, mas que nos deixou bastante satisfeitos.

Sabemos que a esta altura isso não deve causar espanto, mas temos todos os registros financeiros (e fotográficos, claro!) de cada uma dessas aventuras, que provavelmente serão relatadas numa outra seção do blog. Essas anotações acabam servindo como "diário de bordo", pois cada lançamento tem um histórico que nos remete às lembranças de cada situação vivida.

É bom pontuarmos que nosso objetivo aqui passa longe do exibicionismo, até mesmo porque o que fizemos até agora pode parecer muito pra alguns ao mesmo tempo em que pode significar quase nada para outros. Queremos simplesmente mostrar que uma vida financeiramente organizada permite realizar de maneira consistente qualquer objetivo que se planeje conquistar, desde que se conheça (e que se respeite) a própria realidade.

Explicado esse início de nossa vida conjunta, passemos à caminhada rumo à Independência.


Compartilhando informações

Acompanhamos diversos blogs que divulgam carteiras de investimentos e pretendemos fazer o mesmo por aqui. Acreditamos que essa prática ajuda a desmistificar a ideia da existência de uma fórmula mágica para a independência financeira. Pensando bem, até  que existe uma receita básica: viver abaixo do "padrão de vida" que se poderia levar, gastando menos do que se ganha e investindo bem a diferença, mas o bom dessa história é que cada um tem liberdade pra seguir esse caminho à sua maneira, até mesmo porque o ponto de Independência Financeira não é uma constante para todos.
Cada nova ideia traz mais luz à nossa comunidade
Uma renda passiva de R$1.000,00 pode ser suficiente pra alguns, enquanto outros precisarão de muitos milhares de reais por mês para manter o nível de vida desejado. O ponto aqui, então, vai muito além de simplesmente comparar desempenhos individuais. A divulgação de dados como receitas, despesas, aportes mensais, composição de carteiras e rendimentos recebidos é, na verdade, um forte estímulo para que persistamos firmes no propósito da IF!

A propósito, você já refletiu sobre qual seria o SEU ponto de Independência Financeira? Comentários são bem-vindos!



2015: o ano da partida

Gostamos bastante da maneira como o Viver de Dividendos mostra seus resultados mensais e, por isso, pedimos licença pra começarmos seguindo a linha adotada em seu blog. Vamos lá!


"Vamos pegar o primeiro avião, com destino à..."
Independência Financeira!
Despesas: tivemos um ano com alta taxa de despesas, ficando numa média de R$9.391,58/mês em 2015. Esse valor se justifica principalmente pela nossa viagem no início do ano e pela boa reforma que fizemos em nosso apartamento. Somadas, essas despesas chegaram aos R$42.761,92, representando cerca de R$3.563,50 mensais, ou 38% de nossas despesas totais.

Receitas: bons resultados, com uma média de R$14.333,01/mês, o que representa um aumento de 15% sobre o ano anterior, que já tinha sido 26% superior a 2013. Essa elevação de 45% no período ocorreu principalmente por contribuição da Sra. Nazareno, que aos poucos vai entrando no mercado de trabalho enquanto persiste em um dos melhores investimentos que existe no longo prazo: EDUCAÇÃO. A escolha de nossas carreiras também será objeto de algum futuro texto, mas por enquanto adiantamos que optamos por áreas que possibilitam auferir rendimentos satisfatórios e manter boa qualidade de vida. 

Aportes: encerramos 2015 com um total de R$59.664,43 aplicados. Como partimos de um "maravilhoso" patamar de R$367,19, nossa média foi de R$4.941,43/mês, o que representa cerca de 35% da receita mensal.



Composição da Carteira


- Poupança/CDB: ao longo dos últimos anos utilizamos essa modalidade como forma de constituir as reservas que consumimos em viagens e na reforma do apê. Assim, ela é a única conta que admite "retiradas" para fins que não sejam os da IF. Em alguns momentos do ano o saldo fica mais elevado e auferimos alguns juros (R$539,24 em 2015), sendo esse o motivo pelo qual mantemos essa categoria no portfólio, apesar do peso irrisório no final do ano. 

Fundos Imobiliários: fechamos o ano com baixa exposição (7,7%) e pouca diversificação em FII, com apenas três ativos em carteira:

Graficamente:

Ações: apesar de já contar com uma exposição maior em relação ao total aportado (33,8%), acreditamos que esta carteira ainda carece de grande diversificação, tanto em termos individuais quanto setoriais. Dos sete ativos comprados no ano passado, quatro pertencem ao setor bancário, duas são do segmento vestuário/calçados e uma é do setor de materiais de construção.


Graficamente:

Títulos Públicos: foi nesta categoria que concentramos a maior parte dos esforços ao longo de 2015, chegando R$34.378,43 em aportes, ou 57,6% do total, com a seguinte distribuição:



No gráfico:

Dos títulos adquiridos até então, praticamente todos são do tipo "principal", com retirada do valor total (principal + juros) apenas no vencimento, à exceção do Prefixado 2025, que confere juros semestrais em janeiro e julho de cada ano.

- Proventos: como já foi possível notar, as tabelas acima foram aproveitadas para disponibilizarmos também os proventos recebidos por tipo de aplicação. A seguir está uma tabela com o resumo de 2015:

Cuidado! Os pesos acima dizem nada sobre qual das categorias rendeu mais no ano passado. Pra uma análise mais detalhada é fundamental considerar há quanto tempo ocorreu cada aporte, o que não era nosso objetivo pra esse post pois queríamos apenas registrar nosso ponto de partida.

Nota: a partir do fechamento de janeiro faremos a divulgação mensal dos resultados que obtivermos. Nesta primeira apresentação, os dados estão dispostos de forma resumida apenas pra fornecermos a noção de onde estamos partindo.


Por hoje ficamos por aqui mas, antes de finalizarmos, compartilhamos a música que nos inspirou neste post:


Balada do Louco

Dizem que sou louco por pensar assim
Se sou muito louco, por eu ser feliz
Mais louco é quem me diz... e não é feliz
(E aí, você se identifica? Adiante com nossos sonhos e planos!)

(...)

Sim, sou muito louco! Não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz

Já não somos os únicos a encontrar a paz.
Rumo à Independência Financeira!


Nossas metas financeiras e de vida para 2016 ficam para o próximo post.

A gente se vê lá!

sábado, 9 de janeiro de 2016

Orçamento Familiar: qual a melhor planilha?

À procura da batida planilha perfeita

Sempre fui muito ligado a tudo que se relaciona ao ramo das finanças pessoais e tenho a sorte de ter ao meu lado uma companheira cujas visão e atitudes sobre o assunto se aproximam bastante das minhas convicções, o que facilita bastante nossa convivência e torna mais suave a caminhada. Sintonia financeira é fundamental a qualquer casal!

Sr e Sra Nazareno Brasil: rumo à Independência Financeira!

Apesar deste blog estar apenas em seu segundo texto (leia o primeiro aqui!), nossa história financeira não é tão recente assim. Estamos casados há mais de três anos e implantamos nossa "contabilidade de casal" a partir do início de 2013. Aproveitamos os dois primeiros anos para "colocar a casa em ordem" e para realizar alguns sonhos antigos, sendo que 2015 representa o ano de entrada pra valer na batalha da Independência Financeira. De qualquer maneira, desde o começo, registramos absolutamente TODA a nossa movimentação financeira numa planilha que desenvolvemos sob medida para nossas necessidades. 

Depois de tentarmos utilizar alguns programas e aplicativos para controle do orçamento doméstico e investimentos, acabamos optando por desenvolver nossa própria planilha. Claro que há diversos ótimos programas no mercado, mas nossa opção foi motivada principalmente por dois aspectos: particularidades do casal e engajamento psicológico.

Com relação ao primeiro, por melhor que seja o aplicativo, ele foi desenvolvido por outra pessoa e, de certa maneira, reflete a visão pessoal de quem elaborou. Por mais que alguns oferecessem relativa flexibilidade, acabávamos presos ao contexto proposto, o que não nos agradava; Já sobre o segundo aspecto, acredito ser de fato o mais importante: elaborar um controle minucioso exige bastante dedicação inicial, o que causa uma ligação de afeto com a criatura, aumentando a probabilidade de levar o projeto adiante.

Bom, esse é o nosso caso, mas nem de longe pretendemos criticar aqueles que se utilizam de outras ferramentas. Mais importante que isso, sem dúvidas, é cada um CONHECER a fundo sua própria realidade financeirapois isso permitirá trilhar o caminho da Independência Financeira de maneira consistente e tranquila.


A (nossa) planilha ideal

A seguir apresentamos o quadro resumo que desenvolvemos para acompanhar nosso orçamento doméstico segundo nossas necessidades:

Quadro resumo da planilha mensal que utilizamos

Este resumo é dividido em três partes principais:

(i) Realizado X Previsto: à esquerda temos uma visão comparativa entre os orçamentos previsto e realizado, divididos em categorias. A seção inferior esquerda contempla um "resumo do resumo" e é de lá que retiramos a informação sobre o montante a ser investido logo no início de cada mês. Na verdade, costumamos definir uma meta mensal já no início do ano, de maneira que são as demais contas que se adaptam à nossa meta financeira, e não o contrário. Seguimos à risca a regra do "pague-se primeiro", tão difundida por educadores e planejadores financeiros;

(ii) Conta Corrente: na parte superior direita temos um panorama dos recursos que temos à disposição para gerir os gastos do mês, considerando bancos, cartão de crédito e dinheiro "vivo" (cash). A conta "cartão de crédito" é a única cujo sinal é negativo, uma vez que todas as despesas pagas com ele equivalem a diminuições em nossa disponibilidade total, como no exemplo a seguir:

Exemplo: conta corrente num dia de Jan/16

(iii) Aplicações: aqui fica a melhor parte, que é onde encontramos o valor total aplicado ao longo do período (e não apenas no mês, como nos demais quadros). Neste quadro, importante destacar, os saldos equivalem às somatórias dos aportes realizados em cada conta e não aos valores de mercado de cada modalidade naquele momento. Ali também não são considerados cupons de juros, dividendos, juros sobre capital próprio e aluguéis, uma vez que o reinvestimento não ocorre de maneira automática. Já nos casos de poupança e CDB, os rendimentos caem diretamente nessas contas, integrando seus saldos.

Exemplo: soma dos aportes por investimento ao final de 2015

Sobre os valores de mercado de cada carteira, fazemos esse acompanhamento numa outra área da planilha, chamada de "Controle de Ativos" mas, por hora, para não ficarmos muito tempo apenas neste aspecto mais técnico, as demais partes (previsão e movimentação mensais, controle de investimentos, grupos de contas e tabelas/gráficos dinâmicos) serão apresentadas aos poucos.


No próximo post: detalhamento sobre como chegamos ao final de 2015 com esse total aportado, tendo iniciado o ano com apenas R$367,19 investidos em poupança. Além disso, abordaremos nossas metas financeiras e de vida para 2016.


Pra finalizar, a música tema do texto de hoje:

À Procura da Planilha Batida Perfeita (Marcelo D2)
 "O tempo passa mas a evolução é lenta.
Mas não tenho pressa, a velocidade é essa
Não há nada nesse mundo, compadre, que me estressa"



Por hoje é só!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Nem Luxo, Nem Lixo

Inspiração...

Já faz um tempo que venho pensando na melhor maneira de iniciar este blog.
Como não poderia deixar de ser, comecemos pelo início!

A princípio, o intuito é compartilhar a experiência que minha esposa e eu temos vivenciado a caminho da tão almejada Independência Financeira, contribuindo para incentivar outras pessoas que tenham objetivo semelhante: viver bem no presente e melhor ainda no futuro!

Além disso, pretendemos aproveitar este espaço para aprender através da interação com os leitores que por aqui passarem e comentarem. Temos acompanhado diversas páginas que abordam assuntos relacionados ao tema e confessamos que parte da nossa motivação vem da ótima qualidade dos materiais que temos encontrado e dos debates que surgem nos comentários.

Sobre os blogs que acompanhamos, aos poucos pretendemos mencioná-los  por aqui, à medida em que surgirem assuntos relacionados, estreitando relações e ampliando discussões. Pretendemos dialogar com essa rica galera (blogueiros ou não), aprendendo e dividindo cada vez mais informações, colaborando para que tenhamos um futuro cada vez mais próspero.

Pra finalizar este post inaugural, compartilho uma das músicas que tanto nos inspira nesta longa caminhada.

Imortalizada na voz da grande Rita Lee, "Nem Luxo, Nem Lixo" é uma das canções que melhor representa nosso estilo de vida e que, por isso, dá título a este blog.


Nem Luxo, Nem Lixo

Como vai você? Assim como eu,
Uma pessoa comum, um filho de Deus...
(Este blog é pra você, pra mim... pra TODOS NÓS - pessoas comuns a caminho da Independência Financeira!)

Nessa canoa furada, remando contra a maré
Não acredito em nada, até duvido da fé!
(Caminhando contra o vento, num país onde enriquecer ainda é tratado por muitos como "pecado capital" e onde não se pode - e nem se deve - confiar nosso futuro aos governos e suas mazelas e falsas promessas.)

Não quero luxo, nem lixo. Meu sonho é ser imortal, meu amor.
Nem luxo, nem lixo. Quero saúde pra gozar no final!
(É nisso que acreditamos: construção de riqueza a dois, garantindo um futuro próspero sem abrir mão do bem-estar no presente - frase inspirada no subtítulo do livro Os Segredos dos Casais Inteligentes, do consagrado Gustavo Cerbasi.)


Nem luxo, nem lixo. Quero saúde pra gozar no final!

Por hoje ficamos por aqui, mas logo vem mais.

Até a próxima!